24.8.05

Lago

Como é dolorosa, esta teimosia de sofrer passiva
o drama deste mundo que se queima
em cada monte de ervas verdes!

Dóis-me. Tu não sabes como eu sinto - sempre
esta mania de me convencer de que sofro.
É verdade. Queria-te aqui. Despido de memória.
Mergulhaste neste lago e eu lavei-te a boca e os olhos.
Depois vieste dormir com o coração no meu colo de mãe.
Vem outra vez. E outra. Eu dou-te um filho da natureza. Tu.

10 comments:

Anonymous said...

Bonitos textos. Sentimento com profundidade
intimista, pessoal.
Visite-nos para beber chá de hortelã.
Saúde e paz!

Anonymous said...

Encontrei por acaso este seu blog, que está lindo, pois aqui reina a existência de nuances de prosa poestica. Gostei do que li.

Helena said...

obrigada :)

I said...

posso por um destes poemas no meu "asas"?

Helena said...

claro que podes

I said...

tks! a lot! e lotes de kisses também!

pp said...

Oi Lena,

gostaria de poder "roubar" a letra de uma das canções que cantaste no porto, no jantar...lembras te???Chama se "Vontade".

Obrigado.

Beijinhos

Helena said...

a culpa é da vontade

tá aqui:
http://lenadagua.com.sapo.pt/tu%20aqui/aculpaedavontade.htm

nocturnidade said...

uma e outra vez irremediavelmente e em silêncio.

Helena said...

sim