22.2.13

era uma vez

Era uma vez uma pétala
ou um mar
ou nada

O princípio, queria dizer
O princípio

Era uma vez um calor que transbordou

Ilha, pedra, canto
e um rio em flor dentro de casa

Um dia de azul
miragem

Era uma vez

era uma

depois mil

de uma vez

2 comments:

Rafael Luz-Lusa said...

Inefável é o que não pode ser dito, já assim (não) dizia o grande Jorge de Sena. Este poema é inefável e, no entanto, pode ser dito. Ser dito ficando o resto por dizer. O resto é tudo. Lá está, Jorge de Sena tinha mesmo razão.

Obrigado pelos seus poemas.
Rafa.

Anonymous said...

Uma pequena prendinha espera por ti, aqui: http://espelhodaspalavras.wordpress.com/
(Inês, sei que não me conheces mas tenho-te andado a ler)