tag:blogger.com,1999:blog-157401072024-03-08T23:08:49.118+00:00A mar tepoemas de juventudeHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881354161187892017-05-15T10:47:00.000+01:002017-05-15T10:47:33.364+01:00E tu dormias. Nu.<span style="font-size:85%;">Há quanto tempo! Cantámos. Fizemos amor. Os dois. Os vinte.<br />Tu amas-me? Não, não quero mais vinho. Beijei-te. Eu lembro-<br />me. Tinhas medo? Eu tive. Quando o chui berrou o meu nome<br />e o rádio explodiu. Depois deixaram-nos passar.<br />E os degraus ainda estão lá, cheios de pó e de pontas de<br />cigarros afogadas em leite.<br /><br />Escuta... bate. O meu coração rebentou como uma granada.<br />Fiquei presa pelos cabelos. E tu dormias. Nu.<br /><br />Que sede esta me estrangula os olhos e me tira<br />a serenidade que plantaste em mim, ainda ontem...<br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880957997677882015-11-30T11:49:00.000+00:002015-11-30T11:49:34.388+00:00calmariacalmaria de bonança me inunda os braços de mar<br />
já caídos sob a maré vazia do teu corpo<br />
<br />
lua cheia numa madrugada suave e límpida<br />
como água corrente<br />
<br />
sussurrar de ramos floridos no outono<br />
<br />
frases soltas e dispersas, soluçando nesta mesa<br />
de telhas partidas<br />
<br />
Ouvi-te. Cantavas no cimo da colina, com um<br />
pássaro poisado no corpo mansamente belo e<br />
transparente.<br />
<br />
Queria viver assim, simples, crua, fluida.<br />
Como uma estrela pendurada nos teus cabelos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-50414754069910326562015-03-19T10:08:00.000+00:002015-03-19T10:08:10.689+00:00à flor da água<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span></div>
<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;">páro
um instante<br />enquanto a lua sobe<br />e a noite cresce lenta e
segura<br /><br />páro um instante<br />e invento o teu perfil<br />à flor
da água nua e murmurante</span></span></div>
<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span></div>
<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span></div>
<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span></div>
<div style="page-break-inside: avoid;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span></div>
Helena Aguashttp://www.blogger.com/profile/08436948971596411085noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881440437267832014-04-22T09:09:00.000+01:002014-04-22T09:10:40.684+01:00tudo cá dentro<span style="font-size: 85%;">Olha, quero ir. Quero tudo. Sinto-me escorregar<br />pela borda da cama, cair até ao fundo do mar,<br />afogar-me na espuma sádica da lembrança<br />de uma quinta feira queimada num cigarro<br />e num copo de Porto. E num corpo de mármore<br />tremendo no frio, gemendo no calor. Morto, enfim.<br />Não, não penses que me esqueci. Nadavas. Mentira,<br />era eu que nadava. Por entre as algas e a nafta<br />e os peixes mortos boiando na espuma amarela<br />daquele mar civilizado.<br /><br />Sem mais nada para escrever, tudo cá dentro.</span><br />
<span style="font-size: 85%;"><br /></span>
<span style="font-size: 85%;"><br /></span>
<span style="font-size: 85%;"><br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880535089133752014-04-15T07:20:00.000+01:002014-04-15T07:20:28.075+01:00mar<span style="font-size: 85%;"></span><br />
<span style="font-size: 85%;">Sopro morno de uma tarde de areia<br />no girassol de fogo dentro das coisas </span><br />
<span style="font-size: 85%;"></span><br />
<span style="font-size: 85%;">Um beijo de pássaro para entreter o romance<br />das horas<br /><br />Súbito<br />um arrepio no corpo e na vida<br /><br />o suspiro cálido de um mar triste</span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880599743182592013-04-19T09:02:00.000+01:002013-04-19T09:02:30.866+01:00tu sabescorri pelo mar dentro e estavas lá<br />
no infinito tocável como a música que respiro<br />
tu sabes<br />
<br />
vivo contigo<br />
neste quarto escuro que é a minha vida a sós<br />
<br />
sofres-me cá dentro, de vez em quandoHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880129334032802013-03-11T11:03:00.000+00:002013-03-11T11:03:20.892+00:00tueu sei que<br />
tu <br />
é uma palavra<br />
difícil de dizer<br />
nos olhos<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880094234981342013-02-22T11:34:00.000+00:002013-02-22T11:34:19.175+00:00era uma vezEra uma vez uma pétala<br />
ou um mar<br />
ou nada<br />
<br />
O princípio, queria dizer<br />
O princípio<br />
<br />
Era uma vez um calor que transbordou<br />
<br />
Ilha, pedra, canto<br />
e um rio em flor dentro de casa<br />
<br />
Um dia de azul <br />
miragem<br />
<br />
Era uma vez<br />
<br />
era uma<br />
<br />
depois mil<br />
<br />
de uma vezHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881297381552412012-06-15T16:04:00.000+01:002012-06-15T16:06:18.024+01:00dia felino (1974)fio de trovoadas incandescentes<br />
na lã do trigo<br />
beijando os pés de algodão<br />
neste tremor embalante<br />
do âmago.<br />
mar de cerejas penduradas<br />
num calmo torpor nu<br />
de caracóis dourados nos dedos.<br />
<br />
no êxtase de dois lagos profundos,<br />
sonho<br />
na vertigem colorida da descolagem<br />
<br />
dia felino, dia azul de princípio de mundo<br />
explosão de nascer de sol posto sob o corpo<br />
de um deus<br />
renascido da seiva<br />
fervendo nas veias de uma árvore<br />
escondida<br />
da cidade tumefacta.<br />
<br />
Redescobrir<br />
constante<br />
do brando e cru chamamento da mãe Terra<br />
na forma de uma carícia<br />
transparentemente nascida na boca,<br />
sentida nos dedos,<br />
amada nos cabelos da constelação<br />
que tu és<br />
<br />
e ninguém sabe.Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880556343288512012-02-27T17:17:00.000+00:002012-02-27T17:17:07.434+00:00até sempre<div align="center"><br />um dia<br />o azul de espuma<br />na pele<br />o rebuscar de origens<br />até ti<br />até ao fogo<br />até sempre<br /><br /></div>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880261275548632009-02-03T08:44:00.000+00:002009-02-03T08:46:08.044+00:00jardim da sombratoca-me de mansinho e leva-me pela mão<br />ao jardim onde embarcámos um dia<br />no silêncio da chuva<br /><br />percorre-me na sombra<br />e sê comigo<br />num momento eterno de sorrisoHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880588034261502008-05-19T08:58:00.000+01:002008-05-19T08:58:58.102+01:00Em brevePor que esperas? Só um passo.<br />Só um passo. Estamos todos.<br />Em breve o horizonte se espraiará<br />até aos confins da consciência.<br />Em breve te sentarás no cimo do farol<br />num dia claro de primavera.<br /><br />Seguiremos de mãos dadas.Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880826003287122008-02-18T11:53:00.001+00:002008-05-19T08:56:47.400+01:00os pássaros e as cobrasFúria cósmica que vem das raízes. Espasmos de<br /><br />terror e de suor viscoso dentro de tudo que nasci<br /><br />e morro a cada hora. Em cada gesto. Em cada grito.<br /><br />Ondulantes vibrações escorrem-me dos braços, depois<br /><br />de tantas noites de angústia cantada. No meio dos<br /><br />pássaros e das cobras. E da areia movediça convi-<br /><br />dando a cada esquina.<br /><br />Tantas dores infundadas e vivas. Tantas garras de<br /><br />lâminas. Tantas palavras choradas e ridas sem<br /><br />repouso. Fúria de loucura nestes restos mortais<br /><br />de um cadáver vivente que agoniza, sugando<br /><br />a imanente felicidade da Terra. Coloridas taças<br /><br />de veneno libertador. À espera de uma fonte<br /><br />de água gelada escorrida das montanhas silen-<br /><br />ciosas do desejo de alegria e paz. Como aguentar<br /><br />este cavalo louco!Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124879895493632362007-06-20T10:38:00.000+01:002013-03-11T11:01:39.433+00:00da terradescalcei-me na noite<br />para sentir o pulsar da terra<br />fechei os olhos devagar<br />e acordei<br />do outro lado do espelho
Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880422560854082007-06-15T19:16:00.000+01:002007-06-15T19:45:23.510+01:00perfume de terrasentindo-te<br />a boca húmida quase sem querer<br />apeteceu-me uma colina<br />um chão<br />perfume de terra<br />perfume de ti<br />e a colisão amorosa num cosmos de cabelos suados<br />mãos<br />tuas<br />percorrendo vales e rios <br />à procura do que sou<br />descobrindo-me enfim nos olhos de uma noite qualquer<br />desde que seja uma noite quente<br />e sem remorsosHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880487661882282006-08-01T23:57:00.000+01:002007-06-15T19:34:59.549+01:00se tu viesseseu só queria que viesses buscar-me<br />e me levasses ao cimo do monte<br />até que passasse este inverno<br />este silêncio de vaguear por mim<br />à procura do que falta<br /><br />se tu viesses buscar-me<br />havíamos de colher malmequeres<br />e cantaríamos glórias ao SerHelenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124879914783803952006-05-23T08:15:00.000+01:002007-06-15T19:36:03.259+01:00o corpo da terra<div style="text-align: right;">nos momentos em que o meu corpo é<br />o corpo da terra<br />eu queria fazer amor contigo<br />num fluir universal de raízes<br /></div>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880442301715872006-04-04T09:22:00.000+01:002007-04-27T10:58:51.241+01:00sem corpo<span style="font-size:85%;">amo-te sem corpo<br />nas mãos, no entanto<br />encontro-te<br />ilha, sol<br />areia morna para deitar o meu cansaço<br />a pouco e pouco<br />mar<br />em que mergulho à tua procura<br /></span><br /><span style="font-size:85%;"></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124879879052206942006-02-24T11:37:00.000+00:002013-09-15T09:51:31.829+01:00porque o amor não dependenunca serás tu<br />ou tu<br /> foste talvez sempre Tu<br />ainda agora<br /><br />e aqui no tempo sem tempo<br />a força é amor e eu sei<br />que o Amor Absoluto não depende<br />nem do tempo nem do espaço<br />porque o amor não depende<br />o amor É<br />ou não é<br />Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124880571581109002006-02-02T11:49:00.000+00:002007-04-27T11:00:06.825+01:00Sim<div align="center"><span style="font-size:85%;">Sim, um espaço desfeito<br />um vácuo esparsamente preenchido<br />gotas suspensas<br />por cima de outros mundos<br />como girassóis<br />como espuma<br /><br />... à procura, sempre<br />de uma ilha de coral nos olhos<br />de um banco de areia no corpo...</span><br /></div>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124879370438274462005-11-21T11:28:00.000+00:002005-11-21T12:23:35.000+00:00trevo<div align="center"><span style="font-size:85%;">acordei doce no corpo: ainda o musgo e a lua<br />ainda o tempo<br />do lado de cá do muro<br /><br />sim, amor<br />é o fogo na semente e a terra nos pés<br />descalça<br />é o rio cá dentro e a brisa<br />ainda nós<br />a cada instante<br />trevo</span></div>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881511075676292005-08-24T12:05:00.000+01:002005-08-24T13:35:01.236+01:00Lago<span style="font-size:85%;">Como é dolorosa, esta teimosia de sofrer passiva<br />o drama deste mundo que se queima<br />em cada monte de ervas verdes!<br /><br />Dóis-me. Tu não sabes como eu sinto - sempre<br />esta mania de me convencer de que sofro.<br />É verdade. Queria-te aqui. Despido de memória.<br />Mergulhaste neste lago e eu lavei-te a boca e os olhos.<br />Depois vieste dormir com o coração no meu colo de mãe.<br />Vem outra vez. E outra. Eu dou-te um filho da natureza. Tu.<br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881457916207082005-08-24T12:04:00.000+01:002005-08-30T10:49:47.663+01:00fúria mansa<span style="font-size:85%;">Olho-te. Não vejo nada, mas persisto. Falar. Gritar.<br />Deitada na relva ensopada em chuva e lama.<br />Misturar-me nela e ir por aí.<br />Olhos de vidro. Olhos fluidos! O teu corpo...<br />Não quero que vás.<br />Eu gostava de ficar assim, a dormir ao teu lado.<br />Teu lado? Uma pedra que cai do armário, um<br />tiro disparado da gaveta da cómoda. Deixem-me.<br />Não suporto mais isto.<br /><br />Este amor, esta fúria mansa nos dedos que tocaram<br />os teus pulsos, ainda ontem.<br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881404299615952005-08-24T12:03:00.000+01:002005-08-30T10:45:53.030+01:00no quarto da Teresa<span style="font-size:85%;">Obsessão: as rosas são verdes. Levanta os braços.<br />Cospe. Musgo negro que pintas o mar. Solavancos<br />e flores. Morte e café. São horas. A camioneta é<br />às sete. Podemos entrar? Acendo a luz. Tens um<br />belo corpo. E visto-me. Querendo agarrar-me aos segundos.<br />Teu cabelo, teus olhos, tua luva de sal e vodka. Fumo.<br />Vejo. Mãos mortas, no calor flutuante do quarto da<br />Teresa. Choras e gemes. Beijo-te. Sorris. Tens medo.<br />Para quebrar as portas são precisos punhos fortes.<br />Obsessão: o tempo parou. Falas no sonho.<br />Queres falar, mas não sabes. Soltas grunhidos<br />frustrados, lentos demais.<br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15740107.post-1124881384624819752005-08-24T12:02:00.000+01:002005-08-30T10:49:13.446+01:00tens um belo corpo<span style="font-size:85%;">Que sede é esta que me queima os olhos e me faz tremer<br />as mãos... Não, não digas. Não é verdade. Tédio. Só tédio.<br />Berros desamparados no fundo.<br />Os teus cabelos são loiros. Não, é o sol. É o tabuleiro<br />no chão e o fumo azul que corta os vidros da cama do Pedro.<br /><br />Cala-te, não suporto essa voz que adivinho. Jornal dobrado.<br />Mais um dia, menos um dia. Limite viscoso no braço da cadeira<br />pendurada numa tecla do piano. Robots sensuais me afagam<br />os seios e guincham. Ouvi uma explosão, caixotes que<br />rebolavam pela escada. Eras tu, Pedro, de olhos vítreos<br />fixos no meu braço esquerdo. Onde a agulha se tinha enterrado.<br /><br />Tens um belo corpo - fazes poemas. Não, não estou a chorar.<br />Mas tenho feridas nos ombros e os lábios inchados.<br />Tu não. Tu amas-me?<br /></span>Helenahttp://www.blogger.com/profile/00533125432419604193noreply@blogger.com